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quarta-feira, 28 de março de 2012

Mudra - a simbologia das mãos

A palavra Mudra significa “gesto simbólico feito com as mãos”, nós nos comunicamos não apenas com palavras, nos comunicamos também com as mãos. Os gestos feitos com as mãos são compreendidos por todas as culturas em todos os idiomas, quando levantamos o polegar qualquer pessoa em qualquer país sabe que isso significa que está tudo bem.

Inicialmente os Mudras eram utilizados pelos xamãs em seus rituais nas fogueiras, quando os antigos yogues observaram esses gestos começaram a praticá-los, e aquilo que era mágica nas mãos do xamãs tornou-se uma ciência precisa nas mãos dos yogues.


Hoje em dia somos uma civilização prioritariamente visual, analisamos tudo com os olhos e em função disso suprimimos a sensibilidade dos outros sentidos, deixamos de utilizar o potencial que nossas mãos oferecem, quando reaprendermos a utilizar a linguagem gestual das mãos nos comunicaremos com muito mais clareza.

Os olhos são um contato indireto com o mundo, vemos apenas o reflexo da luz projetado em nossos olhos, já o toque oferece um contato direto com o mundo, o tato é muito mais íntimo e pessoal. Quando precisamos de ajuda pedimos “uma mão” ao nosso amigo, quando estamos apaixonados pedimos a “mão da noiva” em casamento.

A posição da mão representa o nosso estado de espírito, quando estamos nervosos nossas mãos sacodem em frenesi, quando estamos com raiva fechamos nossa mão em punho, prontos para dar um soco.

O Mudra funciona de uma forma bidirecional quando posicionamos as nossas mãos em um gest

o específico induzimos nossa mente a entrar em um estado de consciência diferenciado, se estamos nervosos e juntamos as palmas das mãos induziremos um estado de paz e tranquilidade.

A mão representa nossa capacidade de realização no mundo, através das mãos escrevemos, pintamos e construímos. Com ela temos o poder de moldar o mundo a nossa vontade.

Podemos encontrar os Mudras em diversas tradições, no budismo, no cristianismo, no hinduísmo e em muitas outras culturas não religiosas, eles estão presentes nos rituais, nas meditações, nos

discursos e nas esculturas.

Leitura recomendada:


Mudra - As Mãos como Simbolo do Cosmos - Editora Pensamento



segunda-feira, 19 de março de 2012

O ponto de mutação

O corpo não fica doente, o Ser humano fica doente. O sintoma não é a doença, o que se manifesta em nosso corpo como sintoma é a expressão visível de um desequilíbrio que não está visível aos nossos olhos. É preciso desviar o nosso olhar do sintoma e examinar com mais profundidade a fim de compreender para o que o sintoma está apontando.

O corpo humano é considerado vivo devido a dois elementos imateriais que o animam, a consciência e a essência vital (espírito), tudo o que acontece no corpo físico é um reflexo do que acontece na consciência, o sintoma é apenas um sinal tangível que um desequilíbrio intangível está acontecendo, o conteúdo se expressa na forma.

Imagine que você está viajando de carro quando repara que uma luz no painel está acesa, você não sabe exatamente o que aquela luz significa, mas sabe que ela indica algum problema, incomodado pela luz no painel você para no mecânico.

No mecânico você se queixa de que aquela luz o está incomodando, imagine a sua cara se o mecânico simplesmente retirasse a lâmpada do painel e dissesse que você pode seguir viagem que a luz não o incomodará mais.

Certamente você ficaria muito irritado porque sabe que a luz no painel é apenas uma indicação visível que um problema que não é visível está ocorrendo, por incrível que pareça é isso que a medicina moderna tem feito, ela trata apenas do sintoma (o painel) sem investigar mais a fundo para o que o sintoma está apontando.

O problema da medicina é a sua filosofia, ou melhor, a falta de filosofia, a falta de “uma alma interior”, o que lhe acarretou a crítica de desumana. A medicina acadêmica evita cuidadosamente interpretar o sintoma, e assim condena o sintoma e a doença a falta de significado, não é intenção criticar a medicina acadêmica, desde que ela não afirme ser a única detentora da cura.

O corpo fica doente porque não está em harmonia, o corpo perde a harmonia porque a consciência está em desarmonia, essa perda de equilíbrio se manifesta no corpo como sintoma. A doença é sincera porque nos mostra o que nos falta para sermos completos.

Podemos nos perguntar porque a doença emerge no corpo? Nós fazemos as contas de matemática de cabeça: 2x2=4 4x4=16 16x16=? Ficou muito difícil, mas se pegarmos um lápis e colocarmos a conta no papel, poderemos resolvê-la facilmente, apesar disso ainda foi nossa mente que resolveu o problema e não o papel, da mesma maneira a doença emerge no corpo físico para ser mais fácil de ser elaborada.

Dessa forma a doença é nossa aliada para nos tornarmos mais sadios, a própria doença é o caminho pelo qual o ser humano pode seguir rumo a cura. A cura é a aproximação daquele estado de totalidade da consciência, também chamada de iluminação.

O tema para o ano de 2012 é CURA, para entender o que é cura precisamos entender o que é doença, segue abaixo alguns livro indicados para esse ano:

- A doença como caminho, Rüdiger Dahlke ED Cultrix

- A doença como uma janela para a alma, Rüdiger Dahlke ED Cultrix

- A doença como crise e oportunidade, Edgar Hein