Aqueles que procuram uma aula de Yoga é porque
estão buscando algo mais do que apenas uma atividade física, talvez essas
pessoas estejam procurando equilíbrio emocional ou um pouco de tranquilidade em
suas mentes agitadas ou podem estar procurando paz de espírito.
Yoga não é meramente uma atividade
física, tampouco é uma religião, yoga é um caminho de aprendizado,
autoconhecimento e desenvolvimento interior, algumas pessoas podem entender
isso como um caminho espiritual ou não, são apenas definições.
Lógico que esse aprendizado pode se
dar através do corpo, através da prática das posturas (ásanas) aprendemos a escutar o próprio corpo, ouvir o que o corpo
está pedindo, mantendo-se presente e consciente em sua postura e estando em
conexão com os princípios básicos de alinhamento.
Mas o praticante de yoga busca algo mais
do que apenas trabalhar o corpo, ele quer entender a si mesmo em um nível mais
profundo e desenvolver seu potencial como Ser humano, o praticante de yoga se
cansou de viver na rotina do dia a dia, um viver com pouco significado.
O Praticante de yoga visa à própria
liberdade final (kaivalya), pois
existe uma prisão sem grades que acorrenta todos nós, uma prisão invisível, esta
prisão está em nossa mente (chitta),
são os nossos padrões e hábitos que condicionam nosso comportamento.
Para libertar-se dessa prisão o
praticante de yoga precisa adquirir a sabedoria (prajña), pois as pessoas vivem em um estado de ignorância (avidya), ignorância é dito como “confundir
o transitório com o permanente”.
Observe quanto tempo do seu dia você
gasta com coisas que são transitórias e que não te levam a lugar nenhum, quantas
horas você passa em atividades efêmeras que não te acrescentam nada, quantos
hábitos sem sentido você cultiva em sua rotina diária, lembre-se que os hábitos
com o tempo se tornam vícios.
A prática do yoga desenvolve
discernimento (viveka) que é entendido
como “a capacidade de reconhecer o eterno em relação ao passageiro”, e o
autoconhecimento (svavidya), isso nos
possibilita a capacidade de observar a si mesmo e reconhecer em si os próprios padrões.
Yoga é a prática do autoestudo (svadhyaya), suas técnicas nos auxiliam a
compreender melhor nossa mente, pois é nela que residem os nossos
condicionamentos (vrittis) e os nossos
hábitos, assim precisamos conhecer os mecanismos da mente, entender como ela
funciona.
Yoga é a estabilidade (nirodha) da mente, suas práticas
meditativas apaziguam a agitação dentro da mente, aquietando o movimento dos
pensamentos, proporcionando clareza mental (prakshachitta),
e possibilitando a libertação dos vários hábitos e vícios que possuímos, que
são como verdadeiras prisões que consomem nossa mente e nosso tão precioso tempo.
O Praticante de yoga deve aprender a
utilizar corretamente o seu tempo, com coisas que sejam significativas e não
efêmeras, e estar sempre no tempo certo, que é o tempo presente, por isso Yoga
foi definido como “habilidade na ação” (yogah
karmasu kaushalam, Gita2.50), pois requer que estejamos inteiros e
presentes em cada ação.
André Oliveira: professor docente pelo Instituto
Yoga Integrativa no centro de yoga da Montanha Encantada em SC; coordenador da Formação Livre em Meditação, já
formou mais de 30 professores de meditação e auxiliou na formação de mais de
100 professores de yoga; coordenador do Yogazen
em Porto Alegre onde ministra aulas
regulares de yoga e meditação desde 2004;
Estará
coordenando um curso de Introdução à Meditação dia 03 de Outubro de 2015 em
Porto Alegre, saiba mais:
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