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terça-feira, 24 de julho de 2012
Resumo sobre os Bandhas
A palavra Bandha pode significar contração, são contrações musculares que o próprio praticante executa em si mesmo. Essas contrações são verdadeiras massagens em regiões de importância fundamental para o nosso organismo. Resumindo: Bandha é uma contração muscular efetuada sobre um plexo nervoso.
Existem três bandhas principais e uma quarta técnica que também pode ser considerado um bandha: contração do perímetro; contração do abdômen; contração da garganta; contração do palato. Cada uma dessas contrações ativa o funcionamento de um plexo nervoso, efetuando um benefício enorme para o funcionamento do sistema endócrino do organismo.
A palavra Bandha também pode significar lacre, no sentido de fechar ou selar alguma coisa, em um nível energético os bandhas fecham as frestas pelas quais nossa energia vital escapa redirecionando o fluxo para dentro e ativando enormemente o nosso campo bioenergético.
Abaixo segue um resumo sobre os principais aspectos de cada bandha, esse resumo não substitui um professor, pratique sempre sob orientação de um terapeuta qualificado.
Nome do bandha: JALANDHARA BANDHA
O Que se contrai: Compressão da garganta
Principal ação: Centraliza energia no centro da garganta,
protegendo o cérebro do excesso de pressão.
Benefícios gerais: Regula o funcionamento da tireóide e paratireóide. Regula a pressão sangüínea pois ativa o funcionamento dos baroreceptores.
Sistema físico: Sistema nervoso autônomo e plexo laríngeo.
Efeito emocional: acalmar, conter, refrear
Efeito mental: ponderar, refletir, comunicar
Chakra: Vishudha
Ação energética: regulariza o movimento de Udana-vayu, energia circular, na região da cabeça. Ativa e inverte a fluxo de Prana-vayu, energia ascendente.
Técnica: Durante a exalação abaixe gentilmente a cabeça até
aproximar o queixo do peito, se possível fazendo uma suave pressão
do queixo contra o esterno, alongando a parte posterior do pescoço. Na inspiração, volte com a cabeça para a posição neutra depois mantenha a contração com os pulmões vazios, sem forçar.
Nome do bandha: UDDYANA BANDHA
O Que se contrai: Contração abdominal para dentro e para cima
Principal ação: massageia o plexo solar e o sistema eliminatório.
Benefícios gerais: melhora o funcionamento de todos os órgãos abdominais, pâncreas, rins, estômago.
Ajudando a eliminar toxinas do sistema digestivo e do trato intestinal.
Sistema físico: Digestivo, nervoso excretor.
Efeito emocional: Sentimento de leveza, aumenta auto-estima e bom humor.
Efeito mental: Desintoxicação de velhos padrões pensamento
Chakra: Manipura e Svadistana.
Ação energética: ativa Samana-Vayu e Apana-vayu
Técnica: Expire através das narinas, retendo com os pulmões vazios, contraia a parede abdominal para dentro e para cima, sentindo necessidade de respirar relaxe a contração e respire quantas vezes achar necessário antes de uma nova contração. (10 ciclos)
Nome do bandha: MULA BANDHA
O Que se contrai: Esfíncteres do ânus e da uretra
Principal ação: ativa irrigação sanguínea na cintura pélvica.
Benefícios gerais: Estimula os nervos pélvicos, tonifica o sistema
uro-genital e excretor. Bastante útil para regular período menstrual.
Sistema físico: Reprodutivo, urinário e eliminatório.
Efeito emocional: Energizante, auto-regulação.
Efeito mental: ânimo e impulso mas com moderação.
CHakra: Muladhara
Ação energética: ativa e inverte o fluxo de Apana-Vayu, energia descendente, ajudando no despertar da Kundalini.
Técnica 1: Contarai em igual intensidade os esfíncteres do ânus e da uretra elevando o assoalho pélvico, mantenha uma contração suave mas constante.
Técnica 2: contraia fortemente os esfíncteres elevando o assoalho pélvico e relaxe em seguida, repita a contração por 10 vezes depois relaxe, ao total repita 3 ciclos de 10, essa variação recebe o nome de aswini mudra.
Nome da contração: KHECHARI MUDRA
O que se contrai: a língua contra o céu da boca no palato mole
Principal ação: A pressão no palato efetua uma massagem estimulando a região.
Benefícios gerais: ativa o funcionamento das adenóides e glandulas salivares, ativa e melhora o funcionamento da pituitária
Sistema físico: sistema endócrino
Efeito emocional: abre os olhos e ajuda a tomar gosto pela vida,
Efeito mental: vivacidade, astúscia, profundidade.
Chakra: Ajña
Ação energética: ativa a circulação de Udana-vayu, energia circular na cabeça. Equilíbra os polos magnéticos do corpo e aumenta o fluxo de energia neutra.
Técnica: pressionar de forma suave mas firme a ponta da língua contra o céu da boca no palato mole, a parte macia mais ao fundo da boca.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Os Seis Mudras de Buddha
As mãos comunicam tanto quanto as palavras e os surdos se comunicam somente com elas, Mudras são símbolos repletos de significados executados com as mãos e podem nos contar inúmeras histórias, um conjunto de seis mudras podem nos contar a história da iluminação e da vida de Buda.
Os contos populares dizem que Sidharta após ter vagado por seis anos procurando a libertação do sofrimento humano escolheu uma árvore e sentou-se encostado nela, posteriormente foi batizada de árvore do conhecimento, ou árvore Bodhi, ele sentou-se com as mãos postas em Dhyana mudra (1) o gesto da meditação e disse que dali não sairia até alcançar a iluminação, deixou de lado tudo o que aprendera sobre meditação e buscou olhar profundamente para cada evento dentro da mente, então ele percebeu a realidade de todas as coisas, percebeu que tudo era efêmero, que todas as coisas são passageiras, ele percebeu que tudo existe de uma forma interdependente com o resto, nada existe separadamente.
Contam as histórias que ao saber que Sidharta entrava prestes a atingir a libertação final, O demônio Mara, a personificação do mal, lançou suas tentações: primeiro ele mandou suas filhas, as mulheres mais lindas que já existiram, Sidharta olhou para elas e viu que eram vazias, pois a beleza física é passageira e não havia nada de duradouro naquelas mulheres.
Depois Mara ofereceu a Sidharta o controle do mundo, ele tampouco deu importância; Mara disse que ninguém ia entender a mensagem de Buda, nesse momento ele realmente ficou em dúvida, mas foi a compaixão que fez com que ele ainda assim tentasse compartilhar o caminho da libertação.
Finalmente Mara disse que como o ensinamento de Buda não era desse mundo ele não tinha o direito de estar ali, ele não poderia viver no planeta Terra, foi então que Buda, agora totalmente liberto, tocou com a sua mão direita o chão em Bhumiparsha mudra (2) e pediu que a terra fosse a sua testemunha, foi aí que a entidade do planeta Terra levantou-se e disse que pelas muitas vidas que Sidharta tinha vivido ajudou muita gente e tinha o direito de estar ali.
Constam nos textos que Buda levantou-se e foi procurar seus antigos companheiros de meditação para passar-lhes o caminho da libertação, foi a primeira palestra de Buda para seus cinco primeiros discípulos, ao proferir seus ensinamentos ele manteve suas mãos em Dharma-chakra mudra (3), literalmente significa girar a roda dos ensinamentos, é o gesto da eloquência.
Com o passar dos anos Buda ficou conhecido e pessoas de todas as regiões vinham vê-lo, as vezes ele dava palestras para mais de quinhentas pessoas, nessas ocasiões ele mantinha a suas mãos em Vitarka mudra (4) o gesto da convição, pois o conhecimento de Buda não vinha da especulação, raciocínio ou lógica, era proveniente da experiência direta.
Ele recebia inúmeras pessoas das mais diversas etnias, tradições e religiões, mas por todos ele nutria a semente da compaixão, ele não julgava ou condenava ninguém apenas oferecia sua compreensão, ele manifestava isso ao manter sua mão direita em Varada mudra (5) o gestão da compaixão.
Por muitos o Buda histórico, Sidharta Gautama, ficou conhecido como o Buda da medicina, porque ele era considerado como um médico da alma, pessoas com problemas vinham procurá-lo e só de saberem que estavam nas mãos de Buda já ficavam mais tranqüilos, ele mantinha suas mão em Abhaya Mudra (6) o gesto que afasta o medo, ou o gesto da proteção.
Baseado no livro: Mudra a mão como símbolo do cosmos, de Rudiger Dhalke
terça-feira, 3 de julho de 2012
Os 5 ritos Tibetanos
Os 5 ritos tibetanos são uma série de cinco exercícios dinâmicos que trabalham com todo o nosso organismo, ele se originaram do livro "A fonte da juventude" de Peter Kelder sobre um coronel que teria vivido no Tibet anos antes e teria aprendido os exercícios com monges.
A regra é que você deve praticar em número ímpar, começando com 7 repetições cada exercício, depois ir aumentando gradativamente até repetir 21 vezes cada rito, com o tempo você pode praticar 1, 3 ou 5 vezes por dia.
Os 5 ritos são baseados em técnicas do Hatha-yoga e Yoga-tibetano, são muito bons, fazem muito bem ao corpo e ao sistema endócrino, porém não são exercícios completos, faltam exercícios de flexão lateral, torção, abertura pélvica, entre outros, você não deve basear a sua prática diária unicamente nesses 5 ritos.
Muito alarde já foi feito em torno deles, porque quando as pessoas houvem falar em ritos tibetanos já se encantam, mas eles não são mágicos, nem são a fonte da juventude, pratique com sabedoria.
O primeiro trabalha com nosso centro de equilíbrio, regulando os ciclos circadianos e melhora o funcionamento do cérebro;
O segundo trabalha com a musculatura abdominal sistema eliminatório e sistema digestivo;
O terceiro enfoca sistema respiratório e cardiovascular;
O quarto desenvolve força muscular das pernas, braços, costas e abdome;
O quinto coluna vertebral, em flexão para trás e para frente, assim como alongamento das pernas.
A regra é que você deve praticar em número ímpar, começando com 7 repetições cada exercício, depois ir aumentando gradativamente até repetir 21 vezes cada rito, com o tempo você pode praticar 1, 3 ou 5 vezes por dia.
Os 5 ritos são baseados em técnicas do Hatha-yoga e Yoga-tibetano, são muito bons, fazem muito bem ao corpo e ao sistema endócrino, porém não são exercícios completos, faltam exercícios de flexão lateral, torção, abertura pélvica, entre outros, você não deve basear a sua prática diária unicamente nesses 5 ritos.
Muito alarde já foi feito em torno deles, porque quando as pessoas houvem falar em ritos tibetanos já se encantam, mas eles não são mágicos, nem são a fonte da juventude, pratique com sabedoria.
O primeiro trabalha com nosso centro de equilíbrio, regulando os ciclos circadianos e melhora o funcionamento do cérebro;
O segundo trabalha com a musculatura abdominal sistema eliminatório e sistema digestivo;
O terceiro enfoca sistema respiratório e cardiovascular;
O quarto desenvolve força muscular das pernas, braços, costas e abdome;
O quinto coluna vertebral, em flexão para trás e para frente, assim como alongamento das pernas.
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