terça-feira, 25 de setembro de 2012
Kshanti - aceitar para transformar
André Oliveira ministra aulas regulares de Yoga e Meditação em Porto Alegre.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Sankalpa - o poder da resolução
Quando alguém decide que vai praticar yoga ou meditação o faz por algum motivo: porque não estava se sentindo bem, dor nas costas ou porque queria melhor concentração, os motivos são muitos. Em algum momento essa pessoa decidiu que queria mudar a situação atual e tomou uma resolução interna que motivou sua mudança, essa resolução chama-se Sankalpa.
André Oliveira ministra aulas regulares de yoga e meditação em Porto alegre e coordena a escola no sítio Colina Verde.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
A filosofia dos cinco corpos
A palavra Kosha pode significar corpo ou camada - nós possuímos cinco corpos: 1 corpo físico, annamayakosha; 2 corpo energético, pranamayakosha; 3 corpo emocional, manomayakosha; 4 corpo mental, vijñanamayakosha; 5 corpo anímico, anandamayakosha.
A palavra Kosha significa literalmente envoltório ou invólucro, o ser humano possui um só corpo, que é facetado em cinco dimensões de existência. O corpo físico é apenas uma expressão final da totalidade de nosso Ser ele é "a ponta do dedo", dessa forma o corpo físico responde exponencialmente aos outros corpos que são de qualidade mais sutil e essencial.
CORPO FÍSICO, annamayakosha: significa corpo feito de alimento, são os nossos músculos, ossos e todos os sistemas corporais, é também os cinco elementos: terra, água, fogo, ar e espaço. Os cinco sentidos estão presentes como órgãos de percepção: ouvido, pele, olhos, boca e nariz.
CORPO ENERGÉTICO, pranamayakosha, Prana é energia vital, nossa sensação de vitalidade, de força interior, são os nossos chakras, os meridianos, nadis que são canais de energia e os pranavayus.
CORPO EMOCIONAL, manomayakosha, é a camada psicoemocional, são os nossos sentimentos, raiva, amor, medo, são as nossos lembranças e reações emotivas. Os cinco sentidos estão presentes como órgãos de conhecimento: audição, tato, olfato, paladar e visão.
CORPO MENTAL, vijñanamayakosha, ou corpo de sabedoria, são os nossos pensamentos, idéias, memórias, raciocínio, lógica. Relacionado ao nosso intelecto e ao observador testemunha.
CORPO ANÍMICO, Anandamayakosha, a palavra ananda significa bem-aventurança, é a nossa essência mais profunda, o âmago de nosso Ser, nossa criança interior, nossa alma. A palavra anímico vem de animus em latim, anima mundi é a essencial vital que anima o mundo, nossa essência é o que nos anima, representa nosso eu incondicionado, nossa real natureza.
Eu optei por utilizar a expressão "corpo anímico" ao invés de por exemplo "corpo espiritual" para fugir da conotação religiosa.
A visão dos cinco Koshas nos mostra a interrelação existente entre todas as dimensões de nosso Ser. Podemos averiguar que todas as doenças que afetam o nosso corpo físico são apenas respostas advindas de desequilíbrios em nossos outros corpos.
Quando o corpo físico adoece e um órgão vital falha foi porque havia um boqueio energético naquela região, isso ocorreu porque as emoções relacionadas aquele órgão estavam em desarmonia, as emoções estavam em desarmonia porque haviam falsas crenças, padrões equivocados de pensamento, e isso aconteceu devido a um distanciamento daquilo que você é, de sua verdadeira essência.
Dessa forma podemos ver que todas as doenças são na verdade doenças da alma, que vão se materializando até atingir o corpo, podemos então comprovar que todas as doenças podem ser curadas antes de se manifestarem no corpo físico, para isso é preciso autoconhecimento.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
A voz - o termômetro do nosso humor
O pescoço sustenta nossa cabeça, a última vértebra cervical chama-se Atlas, na mitologia Atlas é aquele que segura o mundo em suas costas, isso revela a sabedoria dos antigos cientistas, eles reconheciam a cabeça como o nosso mundo. A vértebra logo abaixo do Atlas chama-se Áxis, significa eixo, Áxis Mundi é o eixo do mundo, então que a posição do pescoço dá a direção e a perspectiva para o nosso mundo.
Quem anda com a cabeça baixa tem o seu mundo voltado para baixo, é uma pessoa depressiva, voltada para o passado, quem tem a cabeça voltada para cima é distraída, sonhadora sempre pensando no futuro. Mas quem tem a cabeça voltada para frente está voltado para a realidade, para o momento presente.
No Yoga começamos a compreender que todo o nosso corpo é uma metáfora de nosso Ser, quando passamos a nos conscientizar do nosso corpo e aquilo que ele expressa estamos mais perto de nossa real natureza, nossa essência.
Namaste
terça-feira, 24 de julho de 2012
Resumo sobre os Bandhas
A palavra Bandha pode significar contração, são contrações musculares que o próprio praticante executa em si mesmo. Essas contrações são verdadeiras massagens em regiões de importância fundamental para o nosso organismo. Resumindo: Bandha é uma contração muscular efetuada sobre um plexo nervoso.
Existem três bandhas principais e uma quarta técnica que também pode ser considerado um bandha: contração do perímetro; contração do abdômen; contração da garganta; contração do palato. Cada uma dessas contrações ativa o funcionamento de um plexo nervoso, efetuando um benefício enorme para o funcionamento do sistema endócrino do organismo.
A palavra Bandha também pode significar lacre, no sentido de fechar ou selar alguma coisa, em um nível energético os bandhas fecham as frestas pelas quais nossa energia vital escapa redirecionando o fluxo para dentro e ativando enormemente o nosso campo bioenergético.
Abaixo segue um resumo sobre os principais aspectos de cada bandha, esse resumo não substitui um professor, pratique sempre sob orientação de um terapeuta qualificado.
Nome do bandha: JALANDHARA BANDHA
O Que se contrai: Compressão da garganta
Principal ação: Centraliza energia no centro da garganta,
protegendo o cérebro do excesso de pressão.
Benefícios gerais: Regula o funcionamento da tireóide e paratireóide. Regula a pressão sangüínea pois ativa o funcionamento dos baroreceptores.
Sistema físico: Sistema nervoso autônomo e plexo laríngeo.
Efeito emocional: acalmar, conter, refrear
Efeito mental: ponderar, refletir, comunicar
Chakra: Vishudha
Ação energética: regulariza o movimento de Udana-vayu, energia circular, na região da cabeça. Ativa e inverte a fluxo de Prana-vayu, energia ascendente.
Técnica: Durante a exalação abaixe gentilmente a cabeça até
aproximar o queixo do peito, se possível fazendo uma suave pressão
do queixo contra o esterno, alongando a parte posterior do pescoço. Na inspiração, volte com a cabeça para a posição neutra depois mantenha a contração com os pulmões vazios, sem forçar.
Nome do bandha: UDDYANA BANDHA
O Que se contrai: Contração abdominal para dentro e para cima
Principal ação: massageia o plexo solar e o sistema eliminatório.
Benefícios gerais: melhora o funcionamento de todos os órgãos abdominais, pâncreas, rins, estômago.
Ajudando a eliminar toxinas do sistema digestivo e do trato intestinal.
Sistema físico: Digestivo, nervoso excretor.
Efeito emocional: Sentimento de leveza, aumenta auto-estima e bom humor.
Efeito mental: Desintoxicação de velhos padrões pensamento
Chakra: Manipura e Svadistana.
Ação energética: ativa Samana-Vayu e Apana-vayu
Técnica: Expire através das narinas, retendo com os pulmões vazios, contraia a parede abdominal para dentro e para cima, sentindo necessidade de respirar relaxe a contração e respire quantas vezes achar necessário antes de uma nova contração. (10 ciclos)
Nome do bandha: MULA BANDHA
O Que se contrai: Esfíncteres do ânus e da uretra
Principal ação: ativa irrigação sanguínea na cintura pélvica.
Benefícios gerais: Estimula os nervos pélvicos, tonifica o sistema
uro-genital e excretor. Bastante útil para regular período menstrual.
Sistema físico: Reprodutivo, urinário e eliminatório.
Efeito emocional: Energizante, auto-regulação.
Efeito mental: ânimo e impulso mas com moderação.
CHakra: Muladhara
Ação energética: ativa e inverte o fluxo de Apana-Vayu, energia descendente, ajudando no despertar da Kundalini.
Técnica 1: Contarai em igual intensidade os esfíncteres do ânus e da uretra elevando o assoalho pélvico, mantenha uma contração suave mas constante.
Técnica 2: contraia fortemente os esfíncteres elevando o assoalho pélvico e relaxe em seguida, repita a contração por 10 vezes depois relaxe, ao total repita 3 ciclos de 10, essa variação recebe o nome de aswini mudra.
Nome da contração: KHECHARI MUDRA
O que se contrai: a língua contra o céu da boca no palato mole
Principal ação: A pressão no palato efetua uma massagem estimulando a região.
Benefícios gerais: ativa o funcionamento das adenóides e glandulas salivares, ativa e melhora o funcionamento da pituitária
Sistema físico: sistema endócrino
Efeito emocional: abre os olhos e ajuda a tomar gosto pela vida,
Efeito mental: vivacidade, astúscia, profundidade.
Chakra: Ajña
Ação energética: ativa a circulação de Udana-vayu, energia circular na cabeça. Equilíbra os polos magnéticos do corpo e aumenta o fluxo de energia neutra.
Técnica: pressionar de forma suave mas firme a ponta da língua contra o céu da boca no palato mole, a parte macia mais ao fundo da boca.
terça-feira, 17 de julho de 2012
Os Seis Mudras de Buddha
As mãos comunicam tanto quanto as palavras e os surdos se comunicam somente com elas, Mudras são símbolos repletos de significados executados com as mãos e podem nos contar inúmeras histórias, um conjunto de seis mudras podem nos contar a história da iluminação e da vida de Buda.
Os contos populares dizem que Sidharta após ter vagado por seis anos procurando a libertação do sofrimento humano escolheu uma árvore e sentou-se encostado nela, posteriormente foi batizada de árvore do conhecimento, ou árvore Bodhi, ele sentou-se com as mãos postas em Dhyana mudra (1) o gesto da meditação e disse que dali não sairia até alcançar a iluminação, deixou de lado tudo o que aprendera sobre meditação e buscou olhar profundamente para cada evento dentro da mente, então ele percebeu a realidade de todas as coisas, percebeu que tudo era efêmero, que todas as coisas são passageiras, ele percebeu que tudo existe de uma forma interdependente com o resto, nada existe separadamente.
Contam as histórias que ao saber que Sidharta entrava prestes a atingir a libertação final, O demônio Mara, a personificação do mal, lançou suas tentações: primeiro ele mandou suas filhas, as mulheres mais lindas que já existiram, Sidharta olhou para elas e viu que eram vazias, pois a beleza física é passageira e não havia nada de duradouro naquelas mulheres.
Depois Mara ofereceu a Sidharta o controle do mundo, ele tampouco deu importância; Mara disse que ninguém ia entender a mensagem de Buda, nesse momento ele realmente ficou em dúvida, mas foi a compaixão que fez com que ele ainda assim tentasse compartilhar o caminho da libertação.
Finalmente Mara disse que como o ensinamento de Buda não era desse mundo ele não tinha o direito de estar ali, ele não poderia viver no planeta Terra, foi então que Buda, agora totalmente liberto, tocou com a sua mão direita o chão em Bhumiparsha mudra (2) e pediu que a terra fosse a sua testemunha, foi aí que a entidade do planeta Terra levantou-se e disse que pelas muitas vidas que Sidharta tinha vivido ajudou muita gente e tinha o direito de estar ali.
Constam nos textos que Buda levantou-se e foi procurar seus antigos companheiros de meditação para passar-lhes o caminho da libertação, foi a primeira palestra de Buda para seus cinco primeiros discípulos, ao proferir seus ensinamentos ele manteve suas mãos em Dharma-chakra mudra (3), literalmente significa girar a roda dos ensinamentos, é o gesto da eloquência.
Com o passar dos anos Buda ficou conhecido e pessoas de todas as regiões vinham vê-lo, as vezes ele dava palestras para mais de quinhentas pessoas, nessas ocasiões ele mantinha a suas mãos em Vitarka mudra (4) o gesto da convição, pois o conhecimento de Buda não vinha da especulação, raciocínio ou lógica, era proveniente da experiência direta.
Ele recebia inúmeras pessoas das mais diversas etnias, tradições e religiões, mas por todos ele nutria a semente da compaixão, ele não julgava ou condenava ninguém apenas oferecia sua compreensão, ele manifestava isso ao manter sua mão direita em Varada mudra (5) o gestão da compaixão.
Por muitos o Buda histórico, Sidharta Gautama, ficou conhecido como o Buda da medicina, porque ele era considerado como um médico da alma, pessoas com problemas vinham procurá-lo e só de saberem que estavam nas mãos de Buda já ficavam mais tranqüilos, ele mantinha suas mão em Abhaya Mudra (6) o gesto que afasta o medo, ou o gesto da proteção.
Baseado no livro: Mudra a mão como símbolo do cosmos, de Rudiger Dhalke
terça-feira, 3 de julho de 2012
Os 5 ritos Tibetanos
A regra é que você deve praticar em número ímpar, começando com 7 repetições cada exercício, depois ir aumentando gradativamente até repetir 21 vezes cada rito, com o tempo você pode praticar 1, 3 ou 5 vezes por dia.
Os 5 ritos são baseados em técnicas do Hatha-yoga e Yoga-tibetano, são muito bons, fazem muito bem ao corpo e ao sistema endócrino, porém não são exercícios completos, faltam exercícios de flexão lateral, torção, abertura pélvica, entre outros, você não deve basear a sua prática diária unicamente nesses 5 ritos.
Muito alarde já foi feito em torno deles, porque quando as pessoas houvem falar em ritos tibetanos já se encantam, mas eles não são mágicos, nem são a fonte da juventude, pratique com sabedoria.
O primeiro trabalha com nosso centro de equilíbrio, regulando os ciclos circadianos e melhora o funcionamento do cérebro;
O segundo trabalha com a musculatura abdominal sistema eliminatório e sistema digestivo;
O terceiro enfoca sistema respiratório e cardiovascular;
O quarto desenvolve força muscular das pernas, braços, costas e abdome;
O quinto coluna vertebral, em flexão para trás e para frente, assim como alongamento das pernas.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Para transformar o mundo comece consigo mesmo
Quando olhamos para a nossa sociedade vêmos problemas tão grandes e difíceis de serem resolvidos: guerras, fome, desemprego, divisão de classes, perece impossível resolvê-los. Além disso temos a impressão que nada disso é culpa nossa, afinal, isso já estava assim quando nascemos.
Para solucionar tudo isso não podemos depender de nossos líderes, nem esperar que a ONU resolva toda essa miséria, temos que compreender o causador desses problemas, o indivíduo. A sociedade é formada de indivíduos, então somos nós, eu e você, os responsáveis por esses problemas e não o mundo, afinal, a sociedade é formada do relacionamento que estabelecemos entre nós, o mundo é a projeção do que nós somos.
É importante reconhecer que essa responsabilidade é minha e sua, por menor que seja o círculo de pessoas com quem convivemos, se pudermos transformar a nós mesmo, isso se espalhará como uma onda e então talvez possamos afetar o mundo.
Para transformar o mundo temos que começar por nós próprios, por isso é fundamental o autoconhecimento, não podemos transformar aquilo que não conhecemos por completo. Conhecer a si mesmo não é destrinchar o seu passado, sim é importante conhecer os nossos dramas de vida, mas isso não é tudo, o autoconhecimento está em se observar de momento a momento, exige uma vigilância constante.
Isso pode parecer difícil e realmente é, por isso a maior parte das pessoas procura desesperadamente uma fórmula mágica que proporcione autoconhecimento, as pessoas estão a procura de uma técnica, um método, mas o autoconhecimento não nos pode ser te dado por nenhum livro, nenhum professor, nenhum mestre, nenhum guru, somente você pode adquirí-lo.
A grande dificuldade do autoconhecimento é que você deve conhecer a si mesmo como é, não como gostaria de ser, o que eu gostaria de ser é apenas uma ficção, uma ilusão, eu preciso conhecer o que eu sou realmente, sem aumentar nem diminuir. Para isso é preciso de uma grande honestidade, sinceridade e aceitar sem julgamento ou condenação, se sou invejoso, individualista ou rancoroso devo reconhecer isso para que eu possa agir diretamente sobre o que de fato eu sou.
O autoconhecimento se dá de momento a momento, ao me observar no relacionamento com o outro, não há nenhum método, apenas tenho que manter a minha mente alerta e vigilante. Se quisermos realmente transformar a sociedade em que vivemos essa revolução tem que começar dentro de cada um, se pudermos compreender a nós mesmo, como somos, de momento a momento, então alcançaremos uma paz que não pode ser expressa em palavras.
Namaste
Texto baseado nas Leituras de Krishnamurti, Ed. Nova era
quarta-feira, 28 de março de 2012
Mudra - a simbologia das mãos
A palavra Mudra significa “gesto simbólico feito com as mãos”, nós nos comunicamos não apenas com palavras, nos comunicamos também com as mãos. Os gestos feitos com as mãos são compreendidos por todas as culturas em todos os idiomas, quando levantamos o polegar qualquer pessoa em qualquer país sabe que isso significa que está tudo bem.
Inicialmente os Mudras eram utilizados pelos xamãs em seus rituais nas fogueiras, quando os antigos yogues observaram esses gestos começaram a praticá-los, e aquilo que era mágica nas mãos do xamãs tornou-se uma ciência precisa nas mãos dos yogues.
Hoje em dia somos uma civilização prioritariamente visual, analisamos tudo com os olhos e em função disso suprimimos a sensibilidade dos outros sentidos, deixamos de utilizar o potencial que nossas mãos oferecem, quando reaprendermos a utilizar a linguagem gestual das mãos nos comunicaremos com muito mais clareza.
Os olhos são um contato indireto com o mundo, vemos apenas o reflexo da luz projetado em nossos olhos, já o toque oferece um contato direto com o mundo, o tato é muito mais íntimo e pessoal. Quando precisamos de ajuda pedimos “uma mão” ao nosso amigo, quando estamos apaixonados pedimos a “mão da noiva” em casamento.
A posição da mão representa o nosso estado de espírito, quando estamos nervosos nossas mãos sacodem em frenesi, quando estamos com raiva fechamos nossa mão em punho, prontos para dar um soco.
O Mudra funciona de uma forma bidirecional quando posicionamos as nossas mãos em um gest
o específico induzimos nossa mente a entrar em um estado de consciência diferenciado, se estamos nervosos e juntamos as palmas das mãos induziremos um estado de paz e tranquilidade.
A mão representa nossa capacidade de realização no mundo, através das mãos escrevemos, pintamos e construímos. Com ela temos o poder de moldar o mundo a nossa vontade.
Podemos encontrar os Mudras em diversas tradições, no budismo, no cristianismo, no hinduísmo e em muitas outras culturas não religiosas, eles estão presentes nos rituais, nas meditações, nos
discursos e nas esculturas.
Leitura recomendada:
Mudra - As Mãos como Simbolo do Cosmos -
segunda-feira, 19 de março de 2012
O ponto de mutação
O corpo não fica doente, o Ser humano fica doente. O sintoma não é a doença, o que se manifesta em nosso corpo como sintoma é a expressão visível de um desequilíbrio que não está visível aos nossos olhos. É preciso desviar o nosso olhar do sintoma e examinar com mais profundidade a fim de compreender para o que o sintoma está apontando.
O corpo humano é considerado vivo devido a dois elementos imateriais que o animam, a consciência e a essência vital (espírito), tudo o que acontece no corpo físico é um reflexo do que acontece na consciência, o sintoma é apenas um sinal tangível que um desequilíbrio intangível está acontecendo, o conteúdo se expressa na forma.
Imagine que você está viajando de carro quando repara que uma luz no painel está acesa, você não sabe exatamente o que aquela luz significa, mas sabe que ela indica algum problema, incomodado pela luz no painel você para no mecânico.
No mecânico você se queixa de que aquela luz o está incomodando, imagine a sua cara se o mecânico simplesmente retirasse a lâmpada do painel e dissesse que você pode seguir viagem que a luz não o incomodará mais.
Certamente você ficaria muito irritado porque sabe que a luz no painel é apenas uma indicação visível que um problema que não é visível está ocorrendo, por incrível que pareça é isso que a medicina moderna tem feito, ela trata apenas do sintoma (o painel) sem investigar mais a fundo para o que o sintoma está apontando.
O problema da medicina é a sua filosofia, ou melhor, a falta de filosofia, a falta de “uma alma interior”, o que lhe acarretou a crítica de desumana. A medicina acadêmica evita cuidadosamente interpretar o sintoma, e assim condena o sintoma e a doença a falta de significado, não é intenção criticar a medicina acadêmica, desde que ela não afirme ser a única detentora da cura.
O corpo fica doente porque não está em harmonia, o corpo perde a harmonia porque a consciência está em desarmonia, essa perda de equilíbrio se manifesta no corpo como sintoma. A doença é sincera porque nos mostra o que nos falta para sermos completos.
Podemos nos perguntar porque a doença emerge no corpo? Nós fazemos as contas de matemática de cabeça: 2x2=4 4x4=16 16x16=? Ficou muito difícil, mas se pegarmos um lápis e colocarmos a conta no papel, poderemos resolvê-la facilmente, apesar disso ainda foi nossa mente que resolveu o problema e não o papel, da mesma maneira a doença emerge no corpo físico para ser mais fácil de ser elaborada.
Dessa forma a doença é nossa aliada para nos tornarmos mais sadios, a própria doença é o caminho pelo qual o ser humano pode seguir rumo a cura. A cura é a aproximação daquele estado de totalidade da consciência, também chamada de iluminação.
O tema para o ano de 2012 é CURA, para entender o que é cura precisamos entender o que é doença, segue abaixo alguns livro indicados para esse ano:
- A doença como caminho, Rüdiger Dahlke ED Cultrix
- A doença como uma janela para a alma, Rüdiger Dahlke ED Cultrix
- A doença como crise e oportunidade, Edgar Hein