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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Porque o praticante de Yoga faz posturas físicas (ásanas)?

Se o Yoga é um caminho de autoconhecimento e desenvolvimento interior, de compreensão e estabilização da mente, qual o sentido de praticar posturas físicas (ásanas)? Porque os praticantes de Yoga dão grande importância a essas técnicas corporais? 

Segundo os praticantes de Yoga o caminho do autoconhecimento se inicia a partir do corpo, escutando o próprio corpo, reconhecendo e honrando seus limites e entendendo o que cada dor e sensibilidade no corpo significam, se nem o próprio corpo você conhece direito, quem dirá sua mente. 

Em nosso corpo estão registradas todas as nossas experiências de vida, todos os acontecimentos exteriores tem seu representante em nosso interior, as emoções negativas que vivemos repetidamente ficam registradas em nosso corpo na forma de encurtamento ou contratura muscular, dores e limitações de movimento, nosso corpo é como um diário de nossa vida. 

Dessa forma quando praticamos as posturas (ásanas) estamos liberando cargas emocionais que estavam contidas e cristalizadas em nosso corpo, é por isso que ao final de uma prática de posturas o praticante se sente emocionalmente calmo e tranquilo e uma sensação de bem estar emocional. 

Então a prática física do yoga mantém o corpo completamente livre de condicionamentos e tensões que ele tende a acumular com o tempo, liberando a carga emocional contida no corpo e evitando o surgimento de dores, disfunções e doenças. 

Quando o praticante de yoga faz as posturas, abre-se uma oportunidade de autoconhecimento, o praticante tem a chance de rever e elaborar velhos traumas que estavam registrados em seu corpo, assim ele pode assimilar seu ensinamento e enfim eliminar o que estava contido no corpo, retornando ao seu estado original e incondicionado. 

A prática do yoga é educativa, conscientiza o praticante de sua própria postura e alinhamento no dia a dia, ensina a importância de se manter vigilante em seu corpo e em seu comportamento, ensina a desenvolver a atenção e a presença e fornece uma prática sólida e palpável com técnicas de fácil aplicação que auxiliam o praticante a lidar com suas emoções e sentimentos, é uma educação para a vida. 

Já notaram como as crianças têm o corpo macio e flexível e como os idosos tem o corpo rígido e duro, é porque os últimos estão carregando uma grande carga emocional em seus corpos, através da prática das posturas até mesmo os mais idosos podem voltar a ter o corpo de uma criança, leve, relaxado e livre de todas as limitações e bloqueios.

André Oliveira: coordenador do Yogazen em Porto Alegre onde ministra aulas regulares de yoga e meditação desde 2004; professor docente pelo Instituto Yoga Integrativa no centro de yoga da Montanha Encantada em SC; coordenador da Formação Livre em Meditação, já formou mais de 30 professores de meditação e auxiliou na formação de mais de 100 professores de yoga. 

Estará coordenando um curso de Introdução à Meditação dia 03 de Outubro de 2015 em Porto Alegre, saiba mais: 

https://www.facebook.com/events/937048273008638/


Também estará coordenando uma viagem ao Centro Budista de três Coroas dia 21 de Novembro, saiba mais:
www.viagembudista.blogspot.com




Também estará trabalhando na formação de professores de Yoga Integrativa de 17 de Outubro até 17 de Novembro no Centro de Yoga da Montanha Encantada, saiba mais:


terça-feira, 22 de setembro de 2015

O que busca o praticante de Yoga?

Aqueles que procuram uma aula de Yoga é porque estão buscando algo mais do que apenas uma atividade física, talvez essas pessoas estejam procurando equilíbrio emocional ou um pouco de tranquilidade em suas mentes agitadas ou podem estar procurando paz de espírito.

Yoga não é meramente uma atividade física, tampouco é uma religião, yoga é um caminho de aprendizado, autoconhecimento e desenvolvimento interior, algumas pessoas podem entender isso como um caminho espiritual ou não, são apenas definições.

Lógico que esse aprendizado pode se dar através do corpo, através da prática das posturas (ásanas) aprendemos a escutar o próprio corpo, ouvir o que o corpo está pedindo, mantendo-se presente e consciente em sua postura e estando em conexão com os princípios básicos de alinhamento.

Mas o praticante de yoga busca algo mais do que apenas trabalhar o corpo, ele quer entender a si mesmo em um nível mais profundo e desenvolver seu potencial como Ser humano, o praticante de yoga se cansou de viver na rotina do dia a dia, um viver com pouco significado.

O Praticante de yoga visa à própria liberdade final (kaivalya), pois existe uma prisão sem grades que acorrenta todos nós, uma prisão invisível, esta prisão está em nossa mente (chitta), são os nossos padrões e hábitos que condicionam nosso comportamento.

Para libertar-se dessa prisão o praticante de yoga precisa adquirir a sabedoria (prajña), pois as pessoas vivem em um estado de ignorância (avidya), ignorância é dito como “confundir o transitório com o permanente”.

Observe quanto tempo do seu dia você gasta com coisas que são transitórias e que não te levam a lugar nenhum, quantas horas você passa em atividades efêmeras que não te acrescentam nada, quantos hábitos sem sentido você cultiva em sua rotina diária, lembre-se que os hábitos com o tempo se tornam vícios.

A prática do yoga desenvolve discernimento (viveka) que é entendido como “a capacidade de reconhecer o eterno em relação ao passageiro”, e o autoconhecimento (svavidya), isso nos possibilita a capacidade de observar a si mesmo e reconhecer em si os próprios padrões.

Yoga é a prática do autoestudo (svadhyaya), suas técnicas nos auxiliam a compreender melhor nossa mente, pois é nela que residem os nossos condicionamentos (vrittis) e os nossos hábitos, assim precisamos conhecer os mecanismos da mente, entender como ela funciona.

Yoga é a estabilidade (nirodha) da mente, suas práticas meditativas apaziguam a agitação dentro da mente, aquietando o movimento dos pensamentos, proporcionando clareza mental (prakshachitta), e possibilitando a libertação dos vários hábitos e vícios que possuímos, que são como verdadeiras prisões que consomem nossa mente e nosso tão precioso tempo.

O Praticante de yoga deve aprender a utilizar corretamente o seu tempo, com coisas que sejam significativas e não efêmeras, e estar sempre no tempo certo, que é o tempo presente, por isso Yoga foi definido como “habilidade na ação” (yogah karmasu kaushalam, Gita2.50), pois requer que estejamos inteiros e presentes em cada ação.

André Oliveira: professor docente pelo Instituto Yoga Integrativa no centro de yoga da Montanha Encantada em SC; coordenador da Formação Livre em Meditação, já formou mais de 30 professores de meditação e auxiliou na formação de mais de 100 professores de yoga; coordenador do Yogazen em Porto Alegre onde ministra aulas regulares de yoga e meditação desde 2004;

Estará coordenando um curso de Introdução à Meditação dia 03 de Outubro de 2015 em Porto Alegre, saiba mais:




terça-feira, 21 de abril de 2015

Por que somos distraídos?

Já repararam como nos distraímos facilmente? Como o foco de nossa atenção oscila rapidamente de um pensamento ao outro? Seja lendo um livro, vendo um filme, em uma conversa, assistindo uma aula ou praticando meditação as distrações parecem arrebatar nossa mente e desviar nossa atenção.

A palavra distração vem do latim distractio que significa: divisão, separação, discórdia, conflito, desunião. Quando estamos distraídos estamos separados de nós mesmos, o corpo está em um lugar e a mente está em outro, há portanto, uma divisão interior, estamos fragmentados em partes, corpo e mente estão em desunião um com o outro.

Quando estamos distraídos estamos afastados do que está acontecendo neste momento, estamos desconectados da realidade do momento presente, não estamos prestando atenção ao que está acontecendo “aqui e agora”. Mas por que estamos divididos? Por que nos separamos do momento presente?

Há uma discórdia interior, algum conflito psicológico, algo que desvia nossa atenção para outro momento que não o presente. Estamos em conflito com algum conteúdo da mente que precisa ser solucionado e existem dezenas de conflitos não resolvidos em nossa mente que capturam nossa atenção e nos separam interiormente.

Sabemos que enquanto existirem os conflitos psicológicos haverá sempre uma fonte de distração nos afastando do momento presente e de nós mesmos. Assim nos perguntamos: é possível evitar completamente as distrações? De modo que a mente esteja sempre atenta e presente o tempo todo?

Para desenvolver o estado de atenção devemos investigar as distrações, que são as divisões dentro da mente, ao estar atento à distração isso deixa de ser uma fonte de distração, é como solucionar um caso, assim estou acolhendo aquilo que me divide como parte de quem eu sou, reintegro o fragmento ao todo, portanto não há mais desunião interior.

Compreender o porquê estamos distraídos soluciona a própria distração, é preciso observar a própria mente, testemunhar o seu movimento, ouvir as suas histórias e suas reivindicações, observar-se sem modificar-se, isso é autoconhecimento, isso é meditação.

Quando estamos atentos estamos inteiros, em profunda união com nós mesmos e com o presente momento, somos íntegros e fiéis à nossa essência, convicção de quem sou eu e de meus valores, nesse estado de atenção há clareza e discernimento, assim somos capazes de avaliar melhor as situações que se desdobram em nossa vida.

André Oliveira é professor docente no Instituto de Yoga Integrativa é coordenador do Yogazen em Porto Alegre desde 2004, coordena a Formação Livre em Meditação no Centro de Yoga Montanha Encantada em Garopaba, SC e estará ministrando a Jornada de Chakraterapia 09 de Maio.

www.meditar2015.blogspot.com




domingo, 5 de abril de 2015

O individualismo e a sociedade

Por que nossa sociedade reforça tanto o individualismo? A grande maioria está preocupada apenas consigo mesma, com seu conforto, com seu bem estar, cada um trabalhando sozinho para poder comprar seus objetos pessoais, cada um lutando pela sua própria sobrevivência, as pessoas estão totalmente voltadas para si mesmas, divididas e isoladas umas das outras.

Pensamos apenas no bem individual e não no bem coletivo. Por que nos foi ensinado assim? Foi ensinado a nos separamos em grupos, fomos divididos em classes sociais onde rico não deve ter contato com o pobre, nos dividimos em nações onde um país é inimigo do outro, nos dividimos em partidos políticos, em religiões, em famílias, em times de futebol, fazemos todo o possível para criar separação entre o “eu” e o “você”.

Por que existe tanta competitividade entre as pessoas? Cada um passando por cima do outro para ter mais sucesso e dinheiro, um invejando o cargo e a posição do outro, cada um tentando provar que é superior ao colega de profissão, inveja, ganância, cobiça, falsidade. Por que tudo isso?

Por que agimos assim? De onde vem esse modelo de comportamento? Quando nascemos o mundo já estava funcionando do jeito que está agora, fomos jogados dentro desta engrenagem em andamento, fomos criados sob essas condições, crescemos com esse modelo e fomos condicionados a nos comportar segundo essa “ordem social”, se é que pode ser chamada de ordem.

Nosso modelo social está baseado no dinheiro, afinal, todos têm que pagar as contas no início do mês, para ser capaz de quitar essas contas deve-se trabalhar, que é vender o seu tempo em troca de dinheiro, as pessoas se vendem em troca de dinheiro, na maior parte dos casos são obrigadas a trabalhar em empregos que não gostam ou odeiam, tornando-se escravos da necessidade de ter dinheiro.

Essa necessidade corrompe até mesmo aqueles que sinceramente gostam do seu emprego, pois gera a competitividade, afinal, todos precisamos do maior número de clientes ou do melhor cargo no emprego, o outro se torna um concorrente, alguém que pode roubar minhas oportunidades, isso gera desunião entre as pessoas.

Ao invés de nos unirmos pelo bem comum, cada um está lutando pelo seu bem individual. Por que não nos rebelamos? Porque continuamos a alimentar esse sistema ao invés de lutarmos contra ele? A maior parte das pessoas não apenas sustenta esse modo de vida como o protege e o reforça.

Ao investigar tudo isso devemos nos perguntar: posso renunciar a esse modo de vida individualista? O que não significa perder a individualidade. Posso parar de competir com o outro? Parar de ver o outro como um concorrente? Deixar de lado os rótulos que nos diferenciam? Parar de pensar apenas individualmente? Podemos nos libertar de tudo isso? E trabalharmos juntos pelo bem de todos?

Professor André Oliveira é o coordenador da Formação Livre em Meditação que será realizado no Centro de Yoga da Montanha Encantada pelo Instituto Yoga Integrativa.




domingo, 29 de março de 2015

O consumismo e o vazio existencial

Já se perguntaram por que consumimos tanto? Porque consumimos mais do que precisamos? Sejam produtos básicos como alimentos, roupas e água ou entretenimento como bebida, shows, festas, etc. Será que esse consumismo exagerado tem alguma relação com o estado de vazio existencial de que as pessoas sofrem?

Terá o nosso sentimento de insatisfação, tristeza, insegurança e vazio interior alguma relação com o fato de que consumimos demais? Talvez o nosso consumismo exagerado seja uma forma compensar as nossas carências psicológicas.

Provavelmente a causa desse consumismo desenfreado esteja no fato de que estamos insatisfeitos com a vida em um nível mais profundo. Essa insatisfação faz com que busquemos suprir nossas necessidades através do consumo exagerado de objetos materiais, seja comida e roupa ou entretenimento.

Assim nossa mente é capturada pelos objetos dos sentidos e precisamos consumir constantemente para nos sentirmos bem, como uma droga que precisa ser aplicada regularmente, o consumo traz prazer, esse prazer supre até certo ponto nossas carências emocionais.

O fato é que precisamos estar sempre consumindo para nos sentirmos emocionalmente apaziguados e ainda assim essa satisfação só dura por um breve momento, existe também uma resistência em largar a mordomia e a comodidade que o modo de vida consumista oferece.

Através do consumo obsessivo estamos sempre nos esquivando de nossa insatisfação interior, o consumo torna-se uma forma de fuga, assim mantemos nossa mente ocupada com seus brinquedos, livros, filmes, novelas, etc. ao invés de investigarmos a causa mais profunda dessa insatisfação.

Em última instância, a causa desse vazio existencial é a falta de autoconhecimento. Sem autoconhecimento permanecemos identificados com os padrões de nossa mente, levamos uma vida sem sentido e, portanto, sentimos uma constante insatisfação e vazio interior, que por sua vez nos leva ao consumismo desenfreado.

O autoconhecimento vem através da auto-observação: observar a si mesmo sem avaliação ou condenação e do auto-estudo: investigar e compreender o porquê de sua insatisfação e vazio existencial. É preciso praticar meditação, que é autoconhecimento, para promover ordem interior, quando interiormente estamos em ordem estamos em perfeito equilíbrio com as nossas reais necessidades de consumo.


Professor André Oliveira é o coordenador da Formação Livre em Meditação no Centro de Yoga na Montanha Encantada, Garopaba, SC. E estará ministrando o curso Introdução à Meditação em Porto Alegre, RS.






segunda-feira, 23 de março de 2015

Respirar diante de um conflito pode modificar o padrão de comportamento?

Já perceberam como a respiração está fortemente ligada a emoção que nós estamos vivendo no momento? Já notaram a forma como nós respiramos quando ficamos impacientes, ou ansiosos, ou irritados? E como nós respiramos profundamente quando estamos relaxados, confortáveis ou vislumbrados?

É interessante notar como o ritmo respiratório é diretamente afetado pela emoção que estamos sentindo, será que o inverso também é verdadeiro? Será que mantendo a respiração lenta e profunda, podemos nos manter calmos e tranquilos? Mesmo diante de um conflito?

Já perceberam que quando estamos doentes a respiração fica difícil, debilitada e fraca e quando estamos saudáveis respiramos prolongadamente? Será que exercitando a respiração ao ponto dela se manter sempre ampla e equilibrada poderemos evitar as doenças?

Já repararam que na maior parte do tempo não percebemos nossa respiração? Nem sequer sentimos que o corpo está respirando, nos esquecemos completamente de sua presença. Porque estamos tão afastados da respiração que nos é tão próxima? Porque damos tão pouca importância à respiração?

Quais seriam os resultados se trabalhássemos para melhorar a respiração? Que tipo de mudança isso causaria em nós? Já refletiram sobre o que seríamos capazes de realizar se nossa respiração fosse sempre plena e completa?

Se durante um conflito fossemos capazes de respirar profunda e pausadamente, como seria nossa resposta diante do desafio? Reagiríamos da mesma forma usual ou responderíamos de uma forma mais comedida e ponderada?

Se fossemos capazes de respirar conscientemente de forma equilibrada e profunda durante nosso dia-a-dia isso poderia modificar radicalmente nosso padrão de comportamento, evitaria uma série de atitudes reativas e impulsivas e tornaria as nossas ações e os nossos relacionamentos muito mais saudáveis e conscientes.


Professor André Oliveira faz parte do corpo docente do Instituto Yoga Integrativa na Montanha Encantada em SC, onde trabalha anualmente na Formação de Professores de Yoga Integrativa e coordena a Formação Livre em Meditação.



quarta-feira, 18 de março de 2015

É possível viver sem dor?

Porque o corpo sente dor? Porque o corpo fica doente? Porque o corpo envelhece? É possível viver sem absolutamente nenhuma dor no corpo, é possível evitar completamente as doenças? Ou será que a dor e a doença são inevitáveis?

É possível ter saúde plena sem depender de médico, fisioterapeuta, educador físico ou professor de yoga?

Não estou dizendo que você deva abandonar seu médico, ou abandonar suas práticas de yoga, também não estou dizendo que isso tudo é possível ou impossível, apenas quero manter a mente aberta para investigar essas questões, sem tirar nenhuma conclusão precipitada.

Já refletiram se podemos viver sem envelhecer? Não o envelhecimento da pele, ou do cabelo, isso seria tolice! Mas viver com o mesmo vigor, energia, saúde e vitalidade de um jovem? Sem perder o ânimo pela vida e pelo movimento?

Porque aceitamos isso com tanta naturalidade, como se fosse normal ficarmos doentes 1 ou 2 vezes por ano, tomarmos remédios alopáticos, fazermos cirurgias. Porque aceitamos a doença a dor ou a velhice como algo inevitável?

Poucas pessoas estão realmente investigando seriamente essa questão, para fazer essa investigação não basta apenas especular ou racionalizar sobre o tema. Tem que praticar, tem que fazer por si mesmo.

Quantos já pararam para escutar o próprio corpo, entrar em contato com as sensações físicas, dialogar com elas? Porque quando estamos realmente em contato profundo com nosso corpo talvez sejamos capazes de perceber uma doença antes que ela surja.

Talvez seja possível manter-se saudável por si mesmo, sem precisar de nenhum profissional do corpo. Se não tentarmos estaremos simplesmente aceitando o fato de que a dor e doença são inevitáveis.


É fundamental ouvir nosso próprio corpo, sentir nosso corpo, compreender nosso próprio corpo, sem compreender o seu próprio corpo as pessoas fazem todos os tipos de exercícios físicos: musculação, esportes, ginástica, yoga.

E dessa forma acabam mais se prejudicando do que se ajudando, a prova disso é o enorme número de lesões e contraturas musculares que as pessoas sofrem.

Nosso corpo é uma máquina maravilhosa, mas ao mesmo tempo é muito sensível, pode se machucar facilmente.

Nós queremos saúde, mas abusamos do nosso corpo: ingerindo veneno (agrotóxicos), comendo animais mortos, se empanturrando de todo o tipo de porcaria, que contradição!

Para satisfazermos os nossos desejos ultrapassamos os nossos limites, machucamos nosso corpo: dormindo pouco, nos esforçamos demais.

Devemos estudar nosso corpo, entrar em contato com cada dor, com cada sensação, ouvir cada sinal que o corpo nos envia, isso é autoconhecimento.

Porque sem compreender as nossas dores, as nossas tensões musculares não somos capazes de nos autocuidar e do nos autocurar.

Devemos ter consciência do que estamos fazendo com nosso corpo, pois este é o nosso único veiculo para circularmos pela Terra


André Oliveira é coordenador do Yogazen em Porto Alegre, onde ministra aulas de Yoga e Meditação a mais de dez anos, professor docente no Instituto Yoga Integrativa no Centro de Yoga da Montanha Encantada.